Casal em um corredor de supermercado, com dois carrinhos de compras, olhando a embalagem de um produto

Consumo consciente: a melhor opção para quem quer ajudar os animais sem parar de comer carne

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Ser um consumidor consciente e refletir sobre os hábitos alimentares pode impactar positivamente a vida de milhares de animais e o planeta.

Uma das principais perguntas dos consumidores é como colaborar para o fim da crueldade contra animais de fazenda sem abandonar o consumo de carne. 

A resposta é mais simples do que pensamos: basta ser um consumidor consciente e conhecer seus hábitos alimentares, além de refletir sobre o consumo atual de carne e avaliar o que pode ser reduzido ou substituído por produtos de origem vegetal

Ao entender qual é a sua necessidade real por produtos de origem animal – o que varia de pessoa para pessoa –, o consumidor deve, ainda, buscar por alimentos que sejam produtos produzidos dentro de padrões éticos e responsáveis. Sim, é possível encontrar produtos de origem animal que são produzidos por meio de processos que respeitam os animais de fazenda e adotam um alto nível de bem-estar.

Como ser um consumidor consciente

Quando for comprar algum produto de origem animal, leia atentamente os rótulos e verifique se há algum selo de bem-estar animal.  É importante que você analise bem as informações descritas na embalagem. 

Mas atenção: não vincule rótulos “sem uso nenhum de antibióticos” ou “criados sem antibióticos” como sendo sinônimo de altos níveis de bem-estar animal. É claro que o uso de antibióticos para promover crescimento e prevenir doenças nos rebanhos deve acabar, mas antibióticos são necessários para tratar animais caso fiquem doentes e o seu uso deve ser responsável e registrado.

Caso não encontre alguma informação nas embalagens, não hesite em ligar para o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC). Algumas perguntas que você pode fazer para descobrir como os animais são tratados, são:

  • Em quais condições de estrutura e manejo o animal foi criado?   
  • Galinhas, frangos e suínos cresceram em ambientes adequados para expressar o seu comportamento natural, movimentando-se livremente? 
  • Os animais são medicados com antibióticos de forma constante ou profilática (preventiva)? 
  • O produtor mantém as porcas em gaiolas de gestação? 
  • O produtor adota práticas de mutilação, como o corte de rabos, nos animais? 

Caso os produtos com altos níveis de bem-estar não estejam disponíveis na sua região, pressione o varejo para vendê-los. Escolha supermercados que tenham sistemas sustentáveis em toda a sua cadeia de fornecedores. 

Os consumidores devem acompanhar os relatórios de sustentabilidade nos websites das empresas e apoiar as redes que fortaleceram suas políticas para aquisição de carne com um manejo e abate livres de crueldade. 

Na dúvida sobre a origem, não compre.

O que estamos fazendo pelos animais de fazenda

Desde 2018, a Proteção Animal Mundial luta para que as quatro maiores redes varejistas do Brasil parem de usar gaiolas de gestação de porcas na sua cadeia de fornecimento e implementem integralmente o alojamento em grupo com enriquecimento ambiental para as matrizes suínas para que os animais possam expressar seus comportamentos naturais até 2028.

Porcas em gaiolas de gestação em uma fazenda com baixos níveis de bem-estar animal

Em sistemas com baixos níveis de bem-estar animal, as porcas são criadas em gaiolas de gestação.

Até o momento, as redes do Grupo Pão de Açúcar e do Carrefour já assumiram o compromisso de melhorar a vida dos porcosInfelizmente os grupos Cencosud (GBarbosa, Mercantil, Perini, Prezunic e Bretas) e o Big ainda não se comprometeram em melhorar a vida dos animais.