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Plano Clima Participativo: como a Proteção Animal Mundial e a sociedade civil podem atuar juntas

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Diante da urgência da crise climática, o Brasil está elaborando o Plano Clima, uma iniciativa que vai guiar a política climática brasileira até 2035 e que conta com apoio ativo da população

Nós já sabemos que a agropecuária industrial, responsável pela produção de ração e a exploração de animais, é a maior responsável pelas mudanças climáticas no país, exigindo uma atenção especial.

Portanto, para garantir um Plano Clima Participativo efetivo, precisamos atentar para o setor pecuário, buscando soluções que protejam o meio ambiente, garantam o bem-estar animal e promovam a justiça social, como a agroecologia. E você pode ajudar!

O que é o Plano Clima Participativo?  

O Plano Clima Participativo é a principal resposta do Brasil às mudanças climáticas. Liderado pelo Ministério do Meio Ambiente e da Mudança no Clima (MMA), o plano visa tornar o país mais seguro, estabelecendo dois pilares centrais para a próxima década: a mitigação, para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, e a adaptação frente aos riscos e danos cada vez mais intensos e frequentes do aquecimento global.

A participação popular é fundamental para assegurar que ações e medidas climáticas estejam alinhadas com a necessidade da sociedade. Por isso, o governo federal convida cidadãos, especialistas, empresas e organizações a colaborarem ativamente até o dia 26 de agosto, próxima segunda-feira. 

Por meio da plataforma digital governamental e de consultas públicas, o povo brasileiro pode contribuir com ideias e sugestões. O objetivo final é elaborar medidas para atingir a meta do Acordo de Paris, um esforço dos países signatários para limitar o aumento da temperatura média global a 1,5°C.

Como o Plano Clima Participativo se conecta com a nossa missão

Assim como nós da Proteção Animal Mundial, o Plano Clima Participativo destaca que a sustentabilidade está conectada aos sistemas alimentares e sua implementação é uma oportunidade para melhorar essa realidade. Ou seja, combater as mudanças climáticas no Brasil envolve priorizar uma produção de alimentos mais saudável, ética e que zela pelos animais e biomas.

Há anos, nós produzimos relatórios e estudos que demonstram como a agropecuária industrial contribui para o aquecimento global, tendo conexões profundas com a degradação do meio ambiente, a destruição de habitats e o sofrimento de animais.

No Brasil, os sistemas alimentares são responsáveis por 74% das emissões de gases de efeito estufa, com a agropecuária sendo a maior contribuinte. Um problema central é a produção de grãos para alimentação de animais de produção, que impulsiona o desmatamento e a liberação de carbono na atmosfera

Esse ciclo de destruição de vegetação nativa para cultivar ração, especialmente soja, é chamado por especialistas de defaunação, que devasta biomas e dizima espécies polinizadoras e dispersoras de sementes. 

Nós já identificamos que a JBS é a maior responsável pelas mudanças climáticas no Brasil, cuja atuação vai na contramão do bem-estar animal e da urgência de proteger a fauna e seus habitats como parte essencial da proteção climática.

Propostas do Plano Clima Participativo alinhados com a nossa estratégia

Na intenção de tornar o produção e o consumo de alimentos mais sustentável, defendemos que três propostas sejam incorporadas ao Plano Clima Participativo e você pode apoiar votando

Proposta para que 75% dos alimentos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) venham da agricultura familiar de baixa emissão e sem uso de insumos intensivos, como agrotóxicos e antibióticos.

Propõe a inclusão de uma avaliação de impacto climático como pré-requisito para que produtores de commodities e proteínas animais recebam financiamentos públicos, como o Plano Safra.

Sugere facilitar o acesso da agricultura familiar a máquinas e equipamentos destinados à produção de alimentos agroecológicos, reduzindo os juros de políticas públicas voltadas ao setor.

Você pode fazer a diferença!

Deixe seu voto e chame mais gente para participar. É a nossa chance de ajudar a construir o futuro que defendemos, jogando luz para a proteção ambiental e animal. 

Saiba mais