
Existe uma realidade cruel por trás da exploração de elefantes em passeios e espetáculos, da qual os turistas desconhecem. Aqui listamos três dos mitos comuns sobre elefantes na indústria do entretenimento.
Mito 1: Os elefantes são animais domesticados
Elefantes são animais selvagens e eles nunca foram domesticados. Todos os elefantes na indústria do turismo passam por um treinamento cruel, chamado “the crush”, que tem como objetivo “quebrar” o espírito selvagem dos elefantes.
“Domesticado” significa que uma espécie animal foi reproduzida seletivamente pelos seres humanos durante muitas gerações para ter características físicas e comportamentos específicos. Os animais domésticos sofreram alterações genéticas que lhes permitem adaptar-se prontamente às condições de cativeiro ao lado dos humanos.
Quando os elefantes são descritos como domesticados, isso leva as pessoas a acreditarem que o animal perdeu os seus instintos selvagens e se adaptou à vida na companhia humana, como cães ou cavalos. Mas os elefantes não passaram por esse processo e são animais selvagens, mesmo nascidos em cativeiro.
No momento em que você monta em um elefante, ele pode parecer dócil e calmo, mas isso ocorre porque seu instinto natural foi “quebrado”. Essa prática, também chamada de Phajaan”, é excepcionalmente cruel.
Essa prática envolve restrições físicas, restrinção de comida e água e, em muitos casos, dor intensa. Ganchos/varas de metal são as ferramentas mais comuns usadas por treinadores de elefantes, que as espetam nas áreas sensíveis do elefante para forçar a obediência.
Mito 2: Existem passeios de elefante responsáveis
Os elefantes podem ser grandes e fortes, mas suas costas não foram construídas para suportar cargas pesadas. A sela e o peso dos turistas podem causar dores e lesões nos animais. Eles também não são fisicamente construídos para ficarem apoiados nas patas traseiras, como fazem nos shows. Esses truques são realizados apenas porque foram treinados através da dor e do medo.
A maioria dos elefantes fica acorrentado por longos períodos entre os espetáculos e passeios, muitas vezes isolados de outros animais - indo diretamente contra o comportamento dessa espécie inteligente e social. Isso causa estresse e comportamentos não naturais neles, como mover compulsivamente a cabeça de um lado para o outro.
A crueldade animal é inerente a todas as etapas de vida de um elefante explorado para turismo. Não existem passeios responsáveis.
Mito 3: Manter elefantes em cativeiro garante a conservação da espécie na natureza
A reprodução em cativeiro não atende a demanda por elefantes na indústria do turismo. A crueldade animal é inerente a todas as etapas de vida de um elefante explorado para turismo. Não existem passeios responsáveis..
A verdade é que manter elefantes em cativeiro para turismo prejudica o seu estado de conservação. As taxas de reprodução de elefantes em cativeiro são extremamente baixas e não satisfazem a procura de novos elefantes pela indústria do turismo.
Consequentemente, os elefantes são caçados ilegalmente na natureza para alimentar a indústria do entretenimento. Isto é considerado uma grande ameaça para a população selvagem de elefantes asiáticos, que diminuiu drasticamente ao longo do último século.
A captura de elefantes na natureza é uma atividade brutal e há cada vez mais relatos de mães e tias elefantas sendo mortas na captura de filhotes e jovens.
A maioria dos elefantes capturados nasce em Mianmar e depois são contrabandeados através da fronteira para a Tailândia para a comercialização na indústria do turismo, onde um filhote de elefante pode custar cerca de 33 mil dólares.
Ajude-nos a acabar com essa crueldade
Pedimos aos turistas que se comprometam a ser viajantes amigos dos elefantes ao assinar nossa petição que pede o fim da promoção e comercialização de atividades exploratórias.