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Caçador que matou Cecil se livra das acusações
Notícias
Guia de safári e morador local responderão pelo crime; o atirador Walter Palmer alega que não sabia que Cecil era um tesouro nacional
O dentista norte-americano que matou o leão Cecil não será acusado pelo crime. A justiça de Zimbábue anunciou, nesta segunda-feira (12), que os documentos do caçador estavam “em ordem”.
A diretora de vida silvestre da World Animal Protection, Kate Nustedt rebateu: “Não importa se a morte de Cecil foi dentro da lei, mas sim a crueldade do ato”.
Walter Palmer, de 55 anos, foi criticado mundialmente após matar e esfolar o animal em julho.
“Cecil foi atingido por uma flecha e sobreviveu durante 40 horas, antes de ser baleado e morto a sangue frio”, ressalta Nustedt. O leão vivia em uma área protegida no Parque Nacional Hwange e foi atraído para uma propriedade vizinha.
Dois homens de Zimbábue foram acusados pelo crime: Theo Bronkhorst, caçador profissional da empresa Bushman Safaris, e Honest Trymore Ndlovu, proprietário do terreno onde Cecil foi morto.
Ambos respondem por caça ilegal e podem enfrentar até 15 anos de prisão.
Impunidade
Livre das acusações, o dentista que disparou a flecha e o tiro que matou Cecil insiste ter agido de forma legal.
O norte-americano alega que não sabia que o animal era um tesouro nacional em Zimbábue. “Se eu soubesse que este leão tinha um nome e era importante para o país ou para um estudo científico, é óbvio que eu não o teria matado”, declarou.
A diretora de vida silvestre da World Animal Protection, reforçou a importância de se proteger todos os animais – não apenas os que “têm nome”.
“A criação e caça de leões em nome do ‘entretenimento’ precisa acabar".
"Esperamos que a morte trágica de Cecil pressione a indústria do turismo e governos do mundo todo a mudar este cenário urgentemente. Os animais pertencem à natureza e não devem ser usados como acessórios de uma indústria cruel”, disse ela.
Palmer teria pago US$ 50 mil para matar o leão Cecil. De acordo com o ministro de meio ambiente de Zimbábue, Oppah Muchinguri-Kashiri, os seus papéis “estavam em ordem” e permitiam que caçasse no país.
“As leis precisam proteger os animais silvestres, não as pessoas que os caçam e matam”, lamenta Nustedt.
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“As leis precisam proteger os animais silvestres, não as pessoas que os caçam e matam