Empresas Aurora e Minerva estão entre as piores em bem-estar animal

A edição de 2019 do ranking global Business Benchmark on Farm Animal Welfare (BBFAW), que classifica empresas mundiais de alimentos de acordo com seus padrões de bem-estar para animais de fazenda, não traz boas notícias para os produtores de alimentos do Brasil.

Duas grandes empresas nacionais - Aurora Alimentos e a Minerva Foods - ficaram nas últimas posições do ranking, enquanto as gigantes BRF e JBS seguem estagnadas em um nível intermediário desde 2018. Outro resultado decepcionante foi da Marfrig, que caiu um nível nesta edição da avaliação.

“A classificação das empresas brasileiras, que não traz mudanças significativas em termos de pontuação, mostra que muito ainda deve ser feito em relação ao bem-estar animal”, afirma José Rodolfo Ciocca, nosso gerente de campanhas de animais de fazenda.

Veja aqui nosso infográfico com os principais resultados.

A situação das gigantes brasileiras se agrava ainda mais quando comparadas com seus concorrentes globais, como as americanas Cargill e Perdue Farms, ambas classificadas no nível 2. “No geral, as empresas brasileiras não deixam claro seus compromissos em questões como mutilações, enriquecimento ambiental, abate humanitário, uso de substâncias promotoras de crescimento e antibióticos, entre outras”, explica Ciocca.

Realizado com o apoio da Proteção Animal Mundial e da Compassion in World Farming, o BBFAW 2019 analisou a gestão do bem-estar animal de algumas das maiores marcas de alimentos e restaurantes do mundo.

O ranking classificou 150 empresas em 23 países dos níveis 1 (melhor) a 6 (pior) com base em informações públicas disponíveis, como os relatórios anuais de sustentabilidade e entrevistas publicadas em veículos de comunicação. A partir disso, o BBFAW desenvolveu uma metodologia complexa, com cruzamento de dados, avaliados e categorizados segundo quatro pilares: compromisso e política de gerenciamento, governança e gerenciamento, liderança e inovação, e relatórios e impacto de desempenho.

A classificação das empresas brasileiras mostra que muito ainda deve ser feito em relação ao bem-estar animal