Mudar a forma como produzimos alimentos pode salvar o Clima
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Evento promovido pelo Sociedade Civil abordou soluções para uma transição justa para sistemas alimentares sustentáveis
Marcamos presença na conferência livre "Mudar a Alimentação para Não Mudar o Clima", que abordou a importância de uma transição justa para sistemas alimentares mais sustentáveis no combate às mudanças climáticas. A iniciativa faz parte da 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente (CNMA), que reuniu especialistas, ativistas e representantes da sociedade civil para debater soluções práticas e políticas.
Durante o evento, a nossa Gerente de Políticas Públicas, Natália Figueiredo, apresentou estratégias e soluções urgentes para transformar o sistema de produção animal no país.
“A transição justa para sistemas alimentares sustentáveis é essencial para equilibrar as necessidades das pessoas, do planeta e dos animais. No Brasil, esse desafio envolve não apenas reduzir o impacto ambiental da pecuária industrial, mas também garantir que os mais afetados pelas mudanças climáticas tenham apoio para adotar práticas mais éticas e sustentáveis. A transição justa põe no centro das soluções as comunidades e populações tradicionais como indígenas e quilombolas, além dos trabalhadores do setor agropecuário e pequenos produtores”, afirma Natália.
Junte-se à luta por um modelo de produção de alimentos mais justo e sustentável
Estratégias para uma transição alimentar justa no Brasil
A produção de alimentos em larga escala, especialmente a agropecuária industrial, causa enorme impacto aos ecossistemas naturais e sua biodiversidade, destrói o habitat de animais silvestres, contribui com as mudanças climáticas e promove o sofrimento animal tanto na floresta, quanto nas criações.
No Brasil, esse modelo é responsável por 74% das emissões de gases de efeito estufa (SEEG). Além disso, o setor agropecuário é um dos principais causadores das queimadas que impactaram fortemente a Amazônia em 2024, o que agrava, ainda mais, os efeitos das mudanças climáticas.
Por isso, é urgente a transição para um modelo agrícola composto por sistemas alimentares diversos, nutritivos, sustentáveis, capazes de alimentar todas as pessoas, e que não esteja ancorado na produção animal intensiva.
Entre as estratégias que apresentamos, estão:
- Aprimorar a governança alimentar para promover transparência e responsabilidade das grandes corporações;
- Investimento em práticas agroecológicas que respeitem direitos humanos e práticas tradicionais ;
- Promoção de dietas baseadas em plantas, com diversidade alimentar e redução do consumo de produtos de origem animal;
- Uso consciente de proteínas alternativas.
O Brasil precisa cortar 50% das emissões da pecuária industrial até 2030 para cumprir o Acordo de Paris. Para isso, será necessária a colaboração entre governos, em todas as esferas de poder, empresas, sociedade civil e indivíduos para priorizar o bem-estar de pessoas, animais e do planeta.
Mobilize-se para frear as mudanças climáticas
Seguimos empenhados em liderar esforços pela transição justa nos sistemas alimentares no Brasil. Junte-se a nós para construir um futuro mais sustentável e ético.
Junte-se a nós!
A crueldade animal não pode continuar: precisamos transformar nosso modelo de produção de alimentos.
Assine o manifestoFoto: Diego Bavarelli