O que está por trás do que você come?
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Sem saber, consumidores brasileiros podem estar contribuindo para a morte de milhares de botos na Amazônia.
Quem não gosta de se sentar à mesa diante de um apetitoso prato? Num momento como este, o que menos a gente pensa é de onde afinal vieram as matérias-primas que vão deslumbrar meu paladar. Mas, talvez, seja hora de assumir uma postura mais consciente. Afinal, nossas ações na ponta da cadeia de consumo têm consequências do outro lado.
O consumo da piracatinga é um bom exemplo disso. Peixe dos rios da Amazônia, bastante consumido na Colômbia, ele é um dos responsáveis diretos pelo aumento da caça cruel e ilegal dos botos. Veja o vídeo e entenda como funciona a cadeia da piracatinga, de trás para frente:
Isso acontece porque a piracatinga é uma espécie necrófaga, ou seja, se alimenta de restos de animais em decomposição. Como o boto tem uma carne gordurosa, acabou se tornando uma opção barata para virar isca. Em dez anos, a população desse cetáceo, maior golfinho de água doce do mundo, reduziu-se a uma taxa estimada de 10% ao ano.
A partir de meados de novembro, tem inicio o principal período de defeso na Amazônia. Enquanto algumas espécies tem a pesca proibida, a piracatinga vira uma fonte de renda para os pescadores. É justamente quando aumenta a morte de botos.
Precisamos atuar de forma urgente para impedir que mais botos sejam mortos. Da mesma forma que nosso consumo tem consequências, nossa pressão pode ajudar a salvar o boto. Assine e compartilhe nossa petição: peça ao governo da Colômbia que suspenda o comércio da piracatinga brasileira.
Juntos, movemos o mundo para proteger o boto e para promover alternativas sustentáveis de renda aos pescadores da Amazônia.
A população do maior golfinho de água doce do mundo reduz a uma taxa estimada de 10% ao ano