planaveg: imagem de uma área de vegetação nativa em chamas e um animal em meio ao incêndio

Refaunação: fauna como pilar na recuperação ambiental

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Destacamos a importância da fauna como indicador de qualidade ambiental para áreas em restauração no Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa (Planaveg).

Em setembro, contribuímos com a consulta pública aberta pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) sobre o Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa (Planaveg), destacando a importância da fauna como indicador de qualidade ambiental para áreas em restauração.

Instituído pelo decreto n° 8.972 de 23 de janeiro de 2017, o Planaveg tem como meta recuperar, até 2030, pelo menos 12 milhões de hectares de florestas e outras formas de vegetação nativa no Brasil. Esta iniciativa é coordenada pela Secretaria Nacional de Biodiversidade, Florestas e Direitos dos Animais, reforçando a conexão entre a biodiversidade e a recuperação ecológica.

Nossa colaboração enfatizou a necessidade de incluir a fauna nativa nos critérios de análise para a restauração de áreas, especialmente no eixo de "Estratégia Inteligência Espacial e Monitoramento". Sugerimos a incorporação de indicadores que considerem a reintrodução de espécies nativas, uma ação essencial para projetos de refaunação e destinação de animais recuperados pelos Centros de Triagem de Animais Silvestres (CETAS) do IBAMA. 

No eixo "Estratégia Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação", propusemos que o desenvolvimento de novas tecnologias e pesquisas científicas para a recuperação de vegetação nativa também contemplem a refaunação. A presença de animais é um fator-chave para garantir a resiliência e a permanência das áreas restauradas, promovendo uma recuperação ecológica completa.

Além disso, sugerimos que a rede de pesquisadores e instituições envolvidas no Planaveg inclua especialistas em fauna silvestre, para que as interações entre animais e plantas, fundamentais para o sucesso dos projetos de restauração, sejam devidamente reconhecidas e valorizadas.

Por fim, reforçamos a importância de incluir projetos de refaunação em áreas públicas como Unidades de Conservação, Terras Indígenas e Florestas Públicas. A restauração ecológica é plena quando observamos a integração entre a flora e a fauna, como no caso da lobeira e do lobo-guará, uma interação crucial para o equilíbrio dos biomas brasileiros.

É fundamental que as interações entre animais e plantas, muitas vezes negligenciadas nos debates sobre restauração ambiental, recebam a devida atenção. São essas interações que determinam o sucesso e a sustentabilidade dos projetos de recuperação ambiental.

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