Planaveg adere a refaunação como um dos seus pilares
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A sugestão foi feita por nós, em setembro, quando destacamos a importância da fauna como indicadora de qualidade ambiental para áreas em restauração.
A versão final do Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa (Planaveg), coordenado, pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, foi divulgada e consta o papel primordial da fauna na restauração ecológica, além de também ser aceita a nossa indicação de incluir a refaunação no eixo “Estratégia, Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação”.
Entre 11 a 25 de setembro deste ano, ficou aberta uma consulta pública para colaborações da sociedade civil organizada e demais instituições que visam a preservação da fauna e flora dos biomas brasileiros. As contribuições ao Planaveg serão aplicadas para os anos de 2025 a 2028.
Avaliamos ser muito importante essa inclusão, por defendermos que a promoção da pesquisa científica, assim como o desenvolvimento de tecnologias que deem base e escala às estratégias e ações de recuperação da vegetação nativa no Brasil, devem contemplar também a refaunação como elemento fundamental à resiliência e permanência da vegetação em recuperação dos nossos biomas, sobretudo, do Pantanal, da Amazônia e do Cerrado, os mais impactados pela agropecuária industrial.
Atualmente, as interações ecológicas entre animais e plantas são pouco discutidas no processo de restauração ambiental, porém, são indicadores de avaliação e monitoramento de diversos aspectos da fauna e da flora, que devem receber mais atenção. Os animais silvestres já vivenciam uma crise ambiental sem precedentes, destacar o seu papel na restauração dos nossos ecossistemas é de suma importância.
Por isso, lançamos a campanha “Defaunação, não. Refaunação, já!”, que contou com o lançamento de uma canção-manifesto, de autoria de Carlos Rennó, com a participação de músicos renomados como Ney Matogrosso, Zahy Tentehar, Frejat, Letrux e Mahmundi. A letra da música faz um alerta à sociedade para a extinção de espécies animais nos seus habitats naturais, como consequência das ações humanas, como as queimadas, o desmatamento e as mudanças climáticas que foram amplamente sentidas em 2024.