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Bem-estar animal pode contribuir para 9 dos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável

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Novo relatório avalia as contribuições do bem-estar animal à agenda de desenvolvimento sustentável

Esta semana aconteceu o Festival “Conhecendo os ODS” (Objetivos do Desenvolvimento Sustentável), onde participamos do painel “ODS 15 - Vida terrestre: o que tem sido feito para protegermos os nossos recursos naturais”.

Aproveitamos o evento para lançar o relatório Bem-estar Animal: Contribuindo para o Desenvolvimento Sustentável, que avalia a importância do bem-estar animal para o alcance das metas até 2030. “O relatório é uma contribuição da Proteção Animal Mundial para o debate em torno dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, em especial de como assuntos relacionados ao bem-estar animal podem estar conectados com a implantação de vários objetivos e somam esforços para o seu alcance” explica o gerente de Agropecuária Sustentável da Proteção Animal Mundial, José Rodolfo Ciocca, que representou a organização na tarde desta sexta-feira. 

Ao avaliar as contribuições do bem-estar animal à agenda de desenvolvimento sustentável, o relatório concluiu que o tema está ligado ao menos com nove dos 17 objetivos. A constatação se deu após o cruzamento das campanhas da Proteção Animal Mundial, nos programas de Animais Silvestres e de Animais de Produção, com os 17 ODS. 

Propostos em 2015, na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), os ODS são uma série de 17 objetivos para erradicar a pobreza, proteger o planeta e a assegurar a prosperidade coletiva. São eles:

Lista com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável no Brasil da ONU

Em pelo menos cinco situações as contribuições das ações de bem-estar animal se dão em ambas as áreas (animais silvestres e animais de produção): Fome Zero e Agricultura Sustentável (ODS 2); Saúde e Bem-Estar (ODS 3); Trabalho Decente e Crescimento Econômico (ODS 8); Indústria Inovação e Infraestrutura (ODS 9); e Consumo e Produção Responsáveis (ODS 12). 

Abaixo, alguns exemplos dessas contribuições:

  • Gerar emprego e renda;
  • Reduzir a transmissão de doenças;
  • Alcançar uma gestão sustentável e o uso eficiente dos recursos naturais;
  • Fortalecer o desenvolvimento de estudos que integrem a relação entre bem-estar animal e sustentabilidade;
  • Melhorar o monitoramento dos impactos na sustentabilidade causados 
    pela ausência da preocupação com o bem-estar animal;
  • Melhorar a informação sobre a origem, as condições de produção e a qualidade dos produtos;
  • Reduzir o consumo de produtos e subprodutos com origem de animais silvestres;
  • Facilitar e apoiar o desenvolvimento de infraestrutura sustentável e resiliente tanto para comunidades como em áreas de produção;
  • Capacidade de adaptação às mudanças climáticas, eventos extremos;
  • Fortalecer o conceito de Saúde Única;
  • Fortalecer e implementar ações de formação e capacitação que integrem o conceito de bem-estar animal e sustentabilidade. 

Para facilitar o entendimento, os resultados encontrados foram reunidos em quadros esquemáticos que sintetizam as análises e argumentações, amparadas por dados e fatos, expostas no texto com bastante detalhe. Todas as conclusões estão especialmente alinhadas com a abordagem de Saúde Única – humana, animal e ambiental – que ganhou ainda mais relevância a partir da atual pandemia de Covid-19.  

Leia o relatório