Vaca marrom e branca ao lado direito, olhando para a frente, em meio a um grande pasto verde, com diversas vacas ao fundo, com o logotipo do Guia dos Bancos Responsáveis no meio da imagem

Proteção Animal Mundial integra coalizão que avalia práticas sustentáveis dos maiores bancos brasileiros

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Liderado pelo IDEC, Guia dos Bancos Responsáveis avalia 18 temas de política de sustentabilidade das instituições financeiras

Conduzido pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC), em parceria com Conectas Direitos Humanos, Instituto Sou da Paz e, agora, com a equipe do Brasil da Proteção Animal Mundial, o Guia dos Bancos Responsáveis é um estudo que avalia 18 temas de políticas de sustentabilidade que os maiores bancos brasileiros possuem em relação às empresas que financia ou nas quais investem.

O objetivo é oferecer aos consumidores um panorama sobre o que as instituições financeiras fazem com seu dinheiro, que tipo de empresas financiam e se consideram aspectos como desmatamento, respeito aos direitos humanos e relações trabalhistas.

“Estamos contentes em fazer parte da coalizão no Brasil. Não poderíamos ficar de fora, principalmente pela representatividade do agronegócio no nosso país e o risco de impacto tanto no bem-estar dos animais quanto no meio-ambiente”, comenta nosso gerente de campanhas de animais de fazenda, José Rodolfo Ciocca.

Publicado a cada dois anos, o estudo segue a metodologia do Fair Finance Guide International, que é aplicada em 13 países – nossos escritórios da Holanda e Suécia também participam ativamente.

Como os bancos lidam com o bem-estar animal no Brasil

O quesito que avalia como os animais são tratados ao longo da cadeia produtiva atualmente é um dos elementos do tema Alimentos. Embora o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal citem o bem-estar animal de maneira muito ampla nesse critério, as informações não são suficientes para garantir uma vida melhor aos animais de fazenda.

Com a chegada da Proteção Animal Mundial à coalizão brasileira, o bem-estar animal passará a ser um tema independente na avaliação de políticas de 2022, permitindo um diagnóstico mais preciso das políticas dessa área.

"A partir do próximo relatório o critério de bem-estar animal será avaliado de maneira mais robusta, exigindo das instituições financeiras um posicionamento mais claro e transparente sobre a temática. Afinal, os bancos têm papel fundamental no combate de práticas que não são sustentáveis. A produção da soja, por exemplo, no cerrado e no bioma amazônico para abastecer sistemas industriais intensivos de criação de frangos e suínos tem um grande impacto", explica Ciocca.

O critério de bem-estar animal já é avaliado em outros países, como Holanda e Suécia. Pela conjuntura do Brasil na produção de animais de fazenda, é importante que o tema também seja incluído como um critério específico no Guia dos Bancos Responsáveis.

Guia dos Bancos Responsáveis 2020

A nova edição do Guia dos Bancos Responsáveis, lançada hoje, baseou-se em dados de 2019 e 2020 para avaliar os nove maiores bancos do Brasil: Banco do Brasil, Bradesco, BTG Pactual, BV, Caixa, Itaú, Safra, Santander e BNDES.

As questões avaliadas foram divididas em três categorias:

  • Temas transversais: mudanças climáticas, corrupção, igualdade de gênero, direitos humanos, direitos trabalhistas, meio ambiente e impostos;
  • Temas setoriais: armas, alimentos, florestas, setor imobiliário e habitação, mineração, óleo e gás e geração de energia; e
  • Temas operacionais: direitos do consumidor, inclusão financeira, remuneração, transparência e prestação de contas.

Os dados foram coletados em informações públicas e questionamentos enviados às instituições financeiras. O desempenho médio dos nove bancos, numa escala de 0 a 10, ficou em 3,2. Ou seja, apenas “32% responsável”.

Ainda que baixo, houve um aumento de 2 pontos percentuais em relação a 2018, quando a nota média dos bancos foi 3 – "30% responsável". 

Para acessar o relatório completo, clique aqui.

 

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