Os golfinhos parecem estar sorrindo, mas no fundo das águas de atrações como o SeaWorld, há sofrimento, automutilação e estresse severo.
Não se engane com um sorriso
Aberto O entretenimento com golfinhos é crueldade disfarçada de diversão inocente para a família. configuration options
O entretenimento com golfinhos é crueldade disfarçada de diversão inocente para a família.
Visitar um show de golfinhos é a terceira atividade turística com animais silvestres mais comum.
Há 336 atrações com golfinhos – conhecidas como delfinários – em 54 países ao redor do mundo. Elas mantêm 3.029 golfinhos em cativeiro.
Cada um desse indivíduos inteligentes está aprisionado de forma cruel. O espaço médio do recinto de um golfinho é 200.000 vezes menor que a extensão do habitat natural desse animal.
Construídos de forma artificial e cheios de cloro, esses tanques minúsculos nem chegam perto de simular a complexidade dos oceanos e praias.
Apesar de campanhas e conscientização pública, infelizmente, a indústria do turismo com golfinhos está crescendo em algumas partes do mundo. Na China, o número de parques temáticos marinhos subiu de 39 em 2015 para 76 no começo de 2019.
Junto com esse país, Caribe, México, Estados Unidos, Espanha, Rússia e Japão são os pontos mais críticos de crueldade com golfinhos.
No Brasil, os delfinários estão proibidos desde 2000, mas, infelizmente, muitos brasileiros visitam esse tipo de atração no exterior, principalmente nos Estados Unidos, México e Caribe. A boa notícia é, que segundo nossa pesquisa, 90% dos brasileiros que estiveram em atrações com golfinhos em 2018 prefeririam observá-los livres na natureza.
Por trás do sorriso
Visitar um show de golfinhos é a terceira atividade turística com animais silvestres mais comum.
Leia nosso relatórioO estresse de ser capturado na natureza pode ser fatal para os golfinhos.
Os golfinhos-nariz-de-garrafa são seis vezes mais propensos a morrer imediatamente após a captura da natureza.
Para justificar a criação em cativeiro, a maioria dos locais afirma estar envolvida na conservação.
Na realidade, a criação em cativeiro é apenas uma maneira de produzir mais animais para serem explorados para entretenimento turístico.
Apenas 5 a 10% dos delfinários, aquários e zoológicos estão envolvidos em esforços consideráveis de conservação e a quantia de dinheiro gasta é em uma fração da renda que eles geram - geralmente menos de 1%.
Os truques humilhantes que os golfinhos são treinados para fazer durante os shows incluem:
puxar seus treinadores pela água pelas nadadeiras
suportar os treinadores ‘surfando’ em suas costas
empurrar os treinadores para fora da água usando seus focinhos
sair da água para girar em círculos na beira da piscina
vestir chapéus e óculos gigantes
Todos esses truques são executados com música tão alta quanto em um show de rock (110 dB).
O que vai acontecer com a geração atual de golfinhos em cativeiro?
Infelizmente, a maioria dos golfinhos em cativeiro não sobreviveria se fosse devolvida para a natureza.
Estamos pedindo aos locais que façam a transição de seus modelos de negócios, afastando-se da crueldade contra os animais imediatamente, e que deixem de reproduzir ou capturar golfinhos.
Pedimos a eles que mantenham os animais existentes com os melhores cuidados e, sempre que possível, que os transfiram para um santuário verdadeiro à beira-mar.
As empresas de viagens também têm o poder de fazer com que os golfinhos que hoje estão em cativeiro sejam a última geração a viver assim.
Elas podem informar os turistas sobre o impacto que suas escolhas têm sobre os golfinhos e outros animais e incentivar viagens éticas, além pressionar as atrações com golfinhos a parar de criar e capturar mais animais.