céu preto com fogos de artifício

Proteção Animal Mundial comemora o fim da fabricação e comercialização de fogos de artifício na capital fluminense

Comunicado de imprensa

Projeto visa o bem-estar de animais domésticos e silvestres.

São Paulo, 21 de dezembro de 2022 - A Proteção Animal Mundial comemora o veto da fabricação e venda de fogos de artifício na cidade do Rio de Janeiro, mas lamenta que a proibição não valha para o poder público. Já que a Câmara Municipal proíbe o uso do instrumento pela população, mas a prefeitura e instituições autorizadas pelo executivo municipal ainda podem utilizar o instrumento, desde que sem estouros ou que produzam barulho de até 120 decibéis.

O projeto visa a proteção de animais domésticos e silvestres. A prática gera riscos auditivos, queimaduras, cegueiras, infartos, comportamentos agressivos e até envenenamento de animais pelos resquícios deixados no ar pelo estampido.

As explosões também são responsáveis pela mudança comportamental de animais selvagens, as aves, por exemplo, são especialmente afetadas pelo som. O estudo  “Ecologia Comportamental”  realizado na Holanda, identificou uma mudança drástica no padrão de voo e uma fuga em massa logo após o início das queimas.

A redação aprovada após uma série de reservas e debates, preserva eventos tradicionais como o Réveillon de Copacabana e tem prazo estabelecido de 180 dias para a efetivação. “A comemoração pode ser uma tradição bonita para os seres humanos, mas representa muitos riscos às demais espécies. Precisamos entender quais os danos dessa prática para adotar medidas que garantam, cada vez mais, a proteção e bem-estar de animais domésticos e silvestres”, comenta a analista de campanhas de Vida Silvestre da Proteção Animal Mundial, Júlia Trevisan.

Apesar da melhoria, vale ressaltar que a Proteção Animal Mundial repudia o uso de estampidos em qualquer evento, de caráter civil ou municipal, e que o uso de até 120 decibéis ainda é bastante nocivo aos animais.